IMPULSIVO AUDIO REPORT 2
Vai ser muito interessante observar a guerra pela liderança do mercado de leitores de musica comprimida numa altura em que o PC assume um papel incontornável nos hábitos musicais dos consumidores. Para os 890.000 que compraram iPods durante o terceiro semestre fiscal deste ano os grandes critérios para a sua escolha têm basicamente a ver com a capacidade de armazenamento e em segunda derivada com todo o hype e branding em torno de cada um dos modelos. A entrada dos fabricantes de PC's no mercado da electrónica de consumo vai, ou melhor já está, a condicionar a forma como se promovem este tipo de equipamentos.
Normalmente omissa nas campanhas publicitárias destes produtos, a qualidade do som é cada vez mais um factor relativo quando não completamente irrelevante. Que peso terá a qualidade de som versus facilidade de utilização, dimensão dos downloads, capacidade da bateria, mobilidade, tamanho, ...!!? Na realidade parece que nada! Numa altura em que formatos de alta resolução como o
SACD e o DVD Áudio lutam por um lugar ao sol na sucessão do velhinho CD fica a sensação que poderão ser actores de um espectáculo que ninguém quer ver.
Em termos audiófilos, amantes da música reproduzida em "condições", sendo que as "condições" serão aquelas que melhor se adaptem ao momento e à situação, e apesar das referências que utilizo no meus sistema principal, acima de tudo fico muito satisfeito com os enormes avanços que se têm verificado nos equipamentos disponíveis e na sua contribuição para que mais musica se oiça em cada vez mais situações com a maior capacidade de escolha possível. Num estudo recente constatava-se que um factor determinante para a adopção destes novos formatos tem a ver com a enorme possibilidade de opções musicais que estes equipamentos permitem com os seus 20 ou 40 Gb de memória, permitindo ter sempre à mão a musica adequada ao momento e estado de espírito. Cerca de 65% dos inquiridos preferiam não ouvir musica nenhuma a ouvir a que não apetece em determinado momento.
Continuo a não abdicar dos meus deliciosos momentos em frente do meus sistema, de alta resolução, de preferência com um bom SACD e em stereo, mas também não prescindo da mobilidade que os formatos comprimidos hoje permitem pois nunca o CD foi um formato portátil.